O conceito do "bem-estar social", "social-democracia", e "políticas compensatórias (conceito liberal), se reuniram nos anos 80 quando os índices de desenvolvimento humano na Europa, Japão e EUA se estabilizaram em um patamar que se entendia oferecer esse sentimento de qualidade de vida que tanto se buscou no pós-guerra. Nesse momento os movimentos liberais começaram, no caso da Europa, uma redução forte da presença do Estado na vida das pessoas, privatizando vários serviços públicos e reduzindo suas as obrigações.
Porém, para quem não sabia, saibam, todas as crises econômicas posteriores, apesar da visão liberal na economia, sempre foram contidas e seus reflexos maneados pela intervenção do Estado (mínimo, rs rs), ora financiando, ora intervindo diretamente. O próprio desenvolvimento industrial no mundo foi incentivado, subsidiado e até financiado pelos governos, sejam através das compras governamentais, ou pela proteção das suas balanças comerciais e o protecionismo de seus mercados (agricultura, indústria, serviços).
Assim, respondendo à questão, se as garantias constitucionais sempre têm custos ao Estado, sim, mesmo que este prefira ceder suas benesses para socorros privados e não ao cidadão. Sem a garantia constitucional, nosso frágil bem-estar social e a rede de proteção seriam abandonadas, sem a garantia constitucional voltaríamos a educação dos anos 60 e 70, privilégio das elites, em regra urbanas, ou abastadas que estudavam nas redes públicas que concentravam seus investimentos.
A constituição brasileira tem se mostrado onerosa, sim, é verdade, porém, para manter suas garantias, e mesmo que nem todas sejam efetivas, é essencial que a respeitemos, pois, ainda hoje, segue atacada por vesgos liberais e tontos estatistas. O país do futuro é formado pelas decisões do presente.
Não adianta dizer: "Estamos fazendo o melhor que podemos". Temos que conseguir o que quer que seja necessário.
-Winston Churchill
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