A natureza está nos alertando há anos, mas preferimos viver três décadas de negação aberta. Fingir não ver, ouvir ou não falar o que a realidade nos revela não mudará nossa situação. Revolta não substitui responsabilidade e planejamento, manifestações de indignação devem mover nossa democracia, devem nos fazer refletir sobre nossos votos, porém, jamais devemos tomar o caminho contrário da democracia representativa por vários motivos, primeiro, por sermos um país de dimensões continentais, segundo, pelas diferenças culturais e econômicas que abrigamos, e o principal é a exigência da liberdade, que precisa de um judiciário que possa ser contra majoritário quando a constituição exigir, esta autonomia é essencial para que a constituição seja para todos. Mas temos outro problema além do ambiental, das liberdades individuais, temos também a questão dos empregos que estão sendo exterminados em todo mundo e os governos, ainda não iniciaram de fato o movimento necessário de ajuste e integração econômica para suportar esse fenômeno irreversível que poderá nos trazer mais fome, violência e marginalização. Sem ilusões, as bolhas são cegas, surdas e apesar da gritaria, mudas. Nosso mundo não resistirá a pessoas indiferentes!
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